- Uma inovadora solução transportável e de fácil aplicação permitirá garantir a segurança nestes acampamentos, sem dependência de infra-estruturas de comunicações ou fontes de energia existentes.
- Para a elaboração de requisitos, contou-se com a colaboração da ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, com o objectivo que o sistema responda e se adapte às necessidades do utilizador final.
- A solução desenvolvida poderá aplicar-se a outros acampamentos temporários e a grandes infra-estruturas como centrais eléctricas, pântanos ou instalações nucleares.
A Indra está a liderar o projecto europeu de I+D+i Basylis que tem como objectivo o desenvolvimento de uma solução de segurança integral, transportável e de fácil aplicação, que permita melhorar a protecção nos campos de refugiados e outros acampamentos temporários situados em ambientes abertos complexos.
Com um orçamento de 3 M€ e um prazo de execução de dois anos, este projecto de I+D+i insere-se no VII Programa de referência da UE. O consórcio é formado pelo Centro Nacional para a Protecção das Infra-estruturas Críticas (CNPIC), organismo sob a tutela da Secretaria de Estado de Segurança do Ministério do Interior espanhol, e pelas empresas Microflown, de Holanda; Mirasys, da Finlândia; Terma, da Dinamarca; e a espanhola New Technologies Global Systems. Completam o consórcio, a Universidade Politécnica de Madrid, a Universitá degli Studi de Firenze (Itália) e a University College London (Reino Unido).
Além disso, contou-se com a colaboração da ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, para a elaboração dos requisitos, com o objectivo que o sistema final responda e se adapte às necessidades do utilizador final.
O projecto Basylis desenvolverá uma solução portátil, de aplicação e manutenção simples e económica, que possa detectar automaticamente e com eficácia diferentes ameaças de segurança em ambientes complexos e, concretamente, em campos de refugiados. Esta tecnologia irá dar resposta às necessidades de segurança básicas deste tipo de acampamentos, como é caso da protecção de áreas amplas com um sistema económico e com uma baixa percentagem de falsos alarmes, tendo em conta o carácter temporário da instalação e as consequentes limitações em termos de tamanho, energia e fiabilidade do equipamento. Também a existência de população dentro dos campos implica a necessidade de utilizar tecnologias que respeitem a intimidade e com capacidade para discriminar entre situações normais e perigosas.
Para tal, a solução desenhada na Basilys integrará numa única plataforma a informação capturada por sistemas radar, ladar (laser radar), sensores acústicos, sensores terrestres ‘unattended’ (Unattended Ground Sensors, UGS) e pulseiras para a segurança pessoal. Esta integração multi-sensor (MSI) utilizará o vídeo inteligente para a verificação e classificação de alarmes automaticamente. Além disso, para reduzir o número de falsos alarmes num ambiente em que o movimento é constante, a solução processará a informação, avaliará os riscos detectados e diferenciará as situações normais das que são consideradas perigosas mediante uma análise comportamental
Conceito inovador
A Basylis incorporará tecnologia de última geração para criar um novo conceito de segurança moderno que não necessita de uma grande quantidade de equipamento nem energia, reduzindo o número de falsos alarmes e minimizando a necessidade de barreiras físicas e/ou a videovigilância, que afecta a intimidade, neste caso dos refugiados. Trata-se de um sistema robusto, camuflado, como é caso dos sensores enterrados, com uma manutenção simples e que requer poucos conhecimentos técnicos para pôr em marcha a operação.
Os sensores de alta sensibilidade desenhados e optimizados com o objectivo de trabalharem em conjunto permitem cobrir um amplo espectro de ameaças. Além disso, as sinergias geradas entre todos os sensores tornam o sistema adaptável e capaz de funcionar em muitos ambientes diferentes. De facto, embora a Basylis se centre em acampamentos temporários e em particular em campos de refugiados, as soluções desenvolvidas têm múltiplas aplicações, como em centrais eléctricas, instalações nucleares, pântanos e outras infra-estruturas críticas.
Líderes em segurança e protecção de infra-estruturas
A Indra acumula uma ampla experiência no desenho e implementação de soluções de segurança. Na área de protecção de infra-estruturas, conta com referências internacionais em aeroportos, portos, caminhos-de-ferro, empresas de energia e telecomunicações, entidades financeiras, edifícios e sedes corporativas, forças e corpos de segurança ou grandes instalações industriais.
A empresa está a colaborar com o Centro Nacional para a Protecção das Infra-estruturas Críticas (CNPIC), organismo sob a tutela da Secretaria do Estado de Segurança do Ministério do Interior espanhol, em várias das suas acções para dar suporte eficaz à segurança das infra-estruturas críticas espanholas, que proporcionam serviços essenciais à sociedade. Por exemplo, participa de forma activa no Grupo Informal de Protecção de Infra-estruturas Críticas (GIPIC), liderado pelo CNPIC, cujo objectivo é a elaboração dos guias de apoio aos operadores destas infra-estruturas para a elaboração dos seus planos de segurança e de protecção específica.
A Indra também é líder na implementação de centros de segurança e emergências em Espanha, com projectos como o SIMGE da Unidade Militar de Emergências, o CISEM da Câmara Municipal de Madrid e o SIGE da Protecção Civil, entre outros. Também implementou centros de controlo e sistemas de segurança para grandes eventos, como a Expo de Saragoça, o Fórum das Culturas de Barcelona, a Copa América de Vela em Valência, ou a Expo de Sevilha e os Jogos Olímpicos de Barcelona.
A empresa possui igualmente importantes referências no desenvolvimento e implementação de soluções de identificação, como o Cartão do Cidadão electrónico espanhol ou o passaporte português, e é líder no desenvolvimento e implementação de sistemas de vigilância costeira na Europa, com projectos em Espanha, Portugal, Letónia e Roménia, e fora da Europa em Hong Kong.
A Indra
A Indra é uma das principias multinacionais de Tecnologias de Informação da Europa e América Latina. Dentro do seu sector é a segunda empresa europeia que mais investe em I&D com cerca de 500. M€ investidos nos últimos 3 anos. Em 2010 as suas vendas alcançaram um volume de 2.557M€, sendo 44% provenientes do mercado internacional. Conta com mais de 35.000 profissionais e com clientes em mais de 110 países.
Em Portugal desde 1997, a Indra tem actualmente uma equipa de mais de 600 colaboradores com elevada especialização. As suas principais áreas de actuação são a Consultoria Tecnológica, Desenvolvimento e Gestão de Projectos, Outsourcing, Segurança e Redes, em clientes que se dividem por distintos sectores estratégicos tais como Transportes e Gestão de Tráfego, Defesa e Segurança, Telecomunicações e Media, Administração Pública e Saúde, Finanças e Seguros, Energia e Utilities e Indústria e Comércio e Serviços.
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