29 Junho 2017Espanha
  • Uma vez encerrado o período de reestruturação, a Indra apresentará um novo Plano Estratégico para maximizar as oportunidades de criação de valor.
  • O propósito do Plano Estratégico para o mercado de TI é seguir avançando, elevando a rentabilidade e eficiência, e focar o negócio até as áreas de maior valor e crescimento. Para Defesa e Segurança, o objetivo é a modernização e melhoria da capacidade para aprofundar as mudanças já realizadas, e aproveitar o forte potencial de crescimento e as perspectivas positivas do contexto. O novo plano contempla um aumento dos investimentos em Defesa e Segurança, em especial naquelas tecnologias que reforçarão a liderança da Indra em radares, defesa eletrônica e comando e controle.
Junta General de Accionistas 2017

Fernando Abril-Martorell, presidente da Indra, afirmou em seu discurso na Junta Geral Ordinária de Acionistas da companhia que “temos as bases para iniciar com êxito uma nova etapa. Estamos em um ponto de inflexão em que finalizamos a etapa de reestruturação e se abre ante a nós um campo de oportunidades para criar valor. É um momento importante para uma empresa como a nossa, em um setor tecnológico que está no centro de interesse dos investimentos e da sociedade em geral.

O presidente da Indra sinalizou que começam a ver os resultados concretos das ações empreendidas na companhia nos últimos anos. Referindo que “durante 2016, a Indra se fortaleceu melhorando a rentabilidade e a geração de caixa de seus negócios”, assegurou que “hoje somos uma companhia mais estável, mais sólida e mais rentável”. Começamos a estar em condições de elevar modestamente nossas aspirações e planejarmos objetivos mais ambiciosos para o futuro”.

Abril-Martorell indicou que “com a reestruturação finalizada e a companhia avançando no rumo certo, cremos que é muito importante desenhar um horizonte estratégico a médio prazo para identificar novas fontes de criação de valor para os acionistas”. Neste sentido, sinalizou que a Indra apresentará um novo Plano Estratégico que abordará os desafios dos mercados e tipos de negócio da companhia: T&D (Transporte e Defesa) e TI (Tecnologias da Informação)

Em relação com Defesa e Segurança, assegurou que “existe um importante terreno de crescimento e melhora em um negócio fundamental para o presenta e o futuro da Indra. O desafio é aproveitar o forte potencial de crescimento e as perspectivas positivas do contexto geoestratégico. O objetivo é a modernização e melhora de nossas capacidades operacionais e comerciais para aprofundar nas mudanças já realizadas e seguir impulsionando nossa atividade neste novo ciclo”. A recente nomeação de um novo Diretor de mercado com um perfil altamente tecnológico e digital “nos permite encarar os novos objetivos estratégicos deste mercado com perspectivas de êxito”, afirmou.

O presidente da Indra destacou o processo de transformação de Defesa e Segurança iniciado pela companhia em 2016, que contempla um completo programa de iniciativas orientadas a modernizar o modelo comercial, de gestão e de estratégia de fabricação, e recordou que em setembro de 2016 se incorporou a Indra um novo responsável de produção para aplicar melhores práticas industriais, de cadeia de distribuição e de lean manufacturing.

Abril-Martorell acrescentou que no contexto do novo Plano Estratégico “também se contempla um aumento global dos investimentos em Defesa e Segurança e, em especial, naquelas tecnologias que reforçarão nossa liderança em radares, em defesa eletrônica e em comando e controle”.

A respeito do mercado de TI, “onde se levaram a cabo profundas medidas de transformação, a reflexão deve nos ajudar a consolidar as melhorias, seguir avançando em elevar a rentabilidade e a eficiência, e a focar estrategicamente no negócio até as áreas de maior valor e crescimento”, sinalizou.

Neste cenário de criação de valor, afirmou que “a aquisição da Tecnocom supõe um impulso fundamental para a Indra se executarmos bem sua integração”, destacando que já se estão realizando as primeiras fases da integração das estruturas corporativas e de negócios.

O presidente da Indra recordou que a aquisição da Tecnocom acarreta em uma melhoria significativa de alavancamento operativa da companhia, e um elevado potencial de sinergias operacionais e de ingresso, derivadas do melhor posicionamento competitivo em termos geográficos, de base de clientes e de oferta.

Transformação combinada com crescimento

Abril-Martorell repassou as ações finalizadas em 2016 para transformar a companhia. A respeito das relacionadas com o plano de redução de custos e melhoria da competitividade da Indra, destacou que a reestruturação e otimização da organização “permitiu recuperar parte da competitividade perdida e melhorar gradualmente as margens em geografias como a América Latina”. Em relação ao portfólio de produtos e soluções, indicou que “temos elaborado planos de transformação que nos permitam avançar em todos os processos de padronização e empacotamento de nossas soluções end-to-end e o impulso de nossos produtos próprios, tanto nos mercados de Transporte e Defesa como nos de Tecnologias da Informação”.

“Ao tempo que finalizamos a fase de reorganização, saneamento e melhora estrutural da nossa eficiência, apostamos por explorar o potencial de crescimento de nossos negócios”, afirmou o presidente da Indra. “Junto aos negócios traducionais, mantemos o máximo foco e esforço na fase de lançamento e consolidação da Minsait, a unidade de negócio da Indra que aglutina as soluções de tecnologia e consultoria no negócio da Transformação Digital, que ocupa um lugar destacado na agenda estratégica de todos nossos clientes”.

Abril-Martorell acrescentou que Minsait “está desenvolvendo uma ampla carteira de soluções de negócio, um modelo próprio de venda e entrega orientado a geração de impacto, e constituindo uma expertise específica em temas de tanto potencial como a cibersegurança, o Big Data, Internet das Coisas ou a Indústria 4.0”. Essa combinação de conhecimento da indústria, o conhecimento do cliente, e o domínio das diferentes tecnologias digitais “deve permitir a Indra (com a adequada colaboração entre unidades e mercados) multiplicar sua capacidade para chegar a novos clientes e projetos, chegada que se poderia acelerar com oportunidades inorgânicas que encaixem em nossa estratégia e enriqueçam significativamente nossa oferta”.

Mudança cultural e um sistema robusto de Governo Corporativo.

O presidente da Indra assegurou que as iniciativas desenvolvidas na companhia “somente podem ser executadas e culminadas com êxito caso se produza uma mudança cultural que consiga impulsionar novos princípios, valores e formas de proceder”. E sinalizou que, neste ponto, a Indra seguirá dando ênfase em “orientar nosso trabalho a aumentar a rentabilidade e a geração de caixa; impulsionar a liderança tecnológica de nossos produtos e soluções por meio de nossa renovada aposta pela inovação; aspirar a excelência na gestão e a máxima eficácia operacional, para melhorar continuamente nossa competitividade; cultivar uma cultura de integridade, rigor e responsabilidade na execução de projetos, adequada assunção de responsabilidades individuais e valorização compartilhada dos riscos; e reconhecer os resultados e o talento de nossos empregados de forma diferenciada, proporcionando-lhes planos de carreira, formação e remuneração ajustada a sua contribuição objetiva”.

Nesta linha, comentou algumas iniciativas desenvolvidas, como a Universidade Corporativa, os Planos de Carreira, o plano de captação de talento júnior, os novos mecanismos de gestão de riscos das ofertas e de controle de execução dos projetos “que nos levaram a dispor de uma carteira de projetos de maior qualidade”, a criação de uma unidade específica de gestão de riscos com reporte direto a Comissão de Auditoria do Conselho, o impulso que viveu a cultura do Cumprimento na Indra.

Abril-Martorell insistiu na “importância capital que tem para qualquer companhia a manutenção de um sistema robusto de Governo Corporativo”, e se referiu às mais recentes iniciativas adotadas na Indra nesta matéria, destacando o elevado grau de cumprimento das Recomendações de Bom Governo na companhia.

Melhora da rentabilidade em 2016

Javier de Andrés, conselheiro delegado da Indra, realizou a revisão da evolução da companhia em 2016, destacando que “pode reverter o deterioramento da rentabilidade sofrida nos últimos exercícios”. Neste sentido, ressaltou o benefício neto de 70 milhões de euros alcançado no exercício de 2016, frente as perdas de 641 milhões registradas em 2015.

De Andrés se referiu em sua intervenção a melhoria da situação financeira da companhia, destacando um Fluxo Livre de Caixa gerado de 184 milhões frente aos 50 milhões negativos de 2015, e a importante redução do alavancamento da companhia, com um corte de 25% da dívida neta.

O conselheiro delegado revisou os avanços realizados pela Indra no marco de seu Plano de Transformação Operacional, orientado a conseguir uma gestão das operações mais alinhadas com as prioridades estratégicas da companhia.

Assim, remarcou as iniciativas orientadas a facilitar uma gestão mais eficiente e ordenada de portfólio, as melhorias em eficiência e competitividade de modelo de entrega e produção, e os avanços dos mecanismos para valorizar e gestionar os riscos dos projetos, tanto em fase de oferta como em fase de execução.

Além disso, destacou a consolidação do novo modelo de funcionamento entre as áreas geográficas, de negócio e corporativas, que melhora o controle das operações a vez que fortalece e simplifica a capacidade de resposta, e o profundo esforço de reestruturação acometido em regiões estratégicas, particularmente na América Latina e em especial o Brasil.

Aprovação de todos os acordos propostos.

Os acionistas da Indra aprovaram as contas anuais e do informe de gestão do Conselho de Administração e adotaram todos os acordos propostos pelo Conselho de Administração por uma ampla maioria.

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