- O relatório sobre tendências do setor segurador 2017, elaborado pela unidade de transformação digital da Indra e especialistas em seguros da companhia, afirma que os modelos de negócio futuros devem contemplar o desenvolvimento de ecossistemas abertos que facilitem a associação com jogadores não tradicionais capazes de agregar valor e eficiência
- Defende um novo modelo de relação com o consumidor “hiperconectado” baseado na geração de produtos e serviços de valor a partir dos dados, a digitalização das operações a partir do celular e a incorporação das redes sociais como canal de escuta ativa e de comunicação
- As tecnologias de ruptura estão impulsionando a aparição de novos produtos com um alto impacto potencial no negócio como carro conectado, o lar inteligente, a ciber segurança ou o atendimento sanitário não presencial.
O setor segurador enfrenta uma transformação que é necessário entender e atender. A forte pressão de preços e concorrência, a adoção massiva do smartphone como detonador da mudança no comportamento do consumidor, as mudanças tecnológicas e a facilidade para financiar as aventuras empresariais que atendam às novas necessidades estão conseguindo que o entorno competitivo do setor esteja evoluindo.
Na opinião dos especialistas da Minsait -a unidade de transformação digital da Indra- e do negócio segurador, este novo cenário fixará bases para o desenvolvimento de um novo modelo de prestação de serviço ao cliente baseado na gestão integral de riscos por meio de tecnologias de ruptura, capaz de combinar as estratégias de otimização de custos e d diferenciação do produto.
A criação de novos modelos de negócio baseados em plataformas abertas que permitam que as seguradoras ofereçam também para seus clientes produtos e serviços de terceiros, junto ao desenvolvimento de produtos contextuais e personalizados a partir do conhecimento gerado pela impressão digital que deixa o consumidor por meio do celular e das redes sociais, constituem as bases da transformação digital do setor para enfrentar seus concorrentes e desafios.
Assim conclui o estudo de tendências do setor segurador “O setor do seguro, a transformação para o risk management integral e personalizado”, que desenvolveu a Minsait, a unidade de negócio da Indra que responde aos desafios da transformação digital. O relatório pretende se tornar um guia prático capaz de orientar as companhias sobre as ações que devem empreender para se adaptar ou sobreviver no novo entorno gerando valor tanto para seus clientes quanto para o negócio.
“A tecnologia tornou-se uma peça-chave para os novos modelos de relação com o cliente, no entanto a estratégia será a determinada pelo sucesso da transformação digital. Para tanto, contar com sócios tecnológicos de garantia nos permitirá focar na estratégia, afirma Elena Pablos, diretora de seguros da Indra.
Para isso, o estudo sinaliza que as seguradoras devem apostar no desenvolvimento de plataformas com arquiteturas abertas que facilitem a exploração de dados próprios e os gerados por terceiros. As companhias do setor tornam-se na pedra angular de um ecossistema que lhes permite se associar com jogadores não tradicionais no negócio segurador, como as Insurtech, capazes de complementar seus serviços e de lhes mostrar novas habilidades para evoluir para uma gestão integral do risco.
“Para o setor segurador atual, as Insurtech representam mais uma oportunidade que uma ameaça ao servir como banco de provas de novas ideias e modelos de trabalho facilmente replicáveis pelas seguradoras. O novo ecossistema soma-se, além disso, à capacidade de inovação apresentada por estas empresas, as capacidades de outros atores como operadores (contratação móvel), companhias elétricas, de perícia digital, fornecedores de ciber segurança ou TPP (Third Party Providers), entre outros”, explica Miguel Ángel. Gonzalez San Román, diretor de Soluções Digitais na Minsait
Nesta linha, as seguradoras devem, em primeiro lugar, impulsionar um novo modelo de relação digital com o cliente, onde o celular torna-se o único dispositivo capaz de fornecer experiências avançadas e extrair valor para o negócio por meio da coleta e processamento do dado por meio de ferramentas e equipamentos especializados de análise e modelização.
Esta digitalização da interação sugere uma oportunidade para agregar ao consumidor um valor superior baseado na assessoria personalizada e na capacidade para oferecer seguros contextualizados em tempo real (ou seja, um seguro de roubo ao pagar um artigo em uma joalheria). Além disso, o tratamento da informação acumulada constitui uma importante ferramenta para melhorar a produtividade comercial das companhias e a seleção do risco já que, por exemplo, facilita cálculos de probabilidades de conversão de um lead em venda ou a elaboração de propostas de agendas comerciais.
Para Hugo Paván, responsável pelo desenvolvimento da oferta de seguros da Indra, “é necessário transferir a digitalização para a operação dos processos-chave (em termos de custo e serviço) por meio do uso intensivo da tecnologia em busca de uma maior eficiência prescindindo, assim, da presença física e do movimento de papel. Seriam, por exemplo, os casos de onboarding digital ou gestão parcial ou integral do sinistro por meio do dispositivo móvel do cliente”.
Conforme os dados coletados pela Minsait, a tele peritagem podem gerar economias de até 50% do custo habitual. Além disso, a gravação em origem das imperfeições permite um controle do processo de reparações com economias superiores a 25%. Outras fronteiras que abrem as novas tecnologias para melhorar a eficiência comercial e operacional são o uso da realidade virtual para tratamentos de longa duração ou doenças crônicas, a gamificação como forma de favorecer a adoção de condutas que reduzam a exposição ao risco ou novas soluções baseadas em Big Data e IoT para melhorar a persecução de fraude e se antecipar ao risco.
O valor da inteligência social
As redes sociais são outra das alavancas do mundo digital que a Minsait considera chave na evolução do setor segurador e que está redefinindo o papel das companhias. Assim, as infraestruturas Cloud estão facilitando o uso de ferramentas Big Data e Machine learning para analisar o comportamento do consumidor a fim de conseguir uma maior personalização da proposta, gerar engagement, interagir em tempo real com os clientes ou realizar trabalhos de vigilância reputacional e da concorrência.
Conforme dados coletados no relatório, a antecipação e identificação de padrões de risco, a partir de menções de detratores, apresentam reduções entre 10 e 20% em esforços de comunicação proativa para deter ou atenuar o efeito de crises reputacionais, bem como alertas antecipados em menos de uma hora do início do fio detrator.
No âmbito de captação e fidelização de clientes, a gestão de meios sociais permite que as companhias detectem usuários insatisfeitos com sua atual seguradora, antecipar vantagens ou descontos a influencers e clientes que mencionam positivamente outras marcas ou realizar promoções controladas de experiências de serviços associados a novos ramos. Conforme os dados apresentados pela Minsait, as métricas geram melhorias de até 10% na produtividade por conquista de segmentos, a mesma porcentagem com que se aumenta o raio médio de venda cruzada sobre clientes com experiências positivas de serviços não contratados.
Por fim, a segmentação de clientes com perfil social permite a identificação de novos nichos de garantia por meio de seguidores de campanhas, localizar usuários que praticam esportes de alto risco (Instagram, fotografias de esportes extremos) ou qualificação de lugares diferenciados por tipologias de consumo (ou seja, concentração de locais online para o desenvolvimento de serviços como Lar Conectado ou Veículo Conectado).
Novos produtos de impacto
Alinhada com o anteriormente mencionado, a Minsait identifica quatro produtos que se destacam por seu potencial impacto no modelo de negócio atual das seguradoras. Tratam-se dos seguros nos ambientes do Carro Conectado, Smart Home, Smart Health e o Ciber seguro.
“O Carro Conectado evoluirá para um modelo de pagamento por risco ao qual o seguro deverá incorporar serviços de valor agregado como a prevenção de avarias ou estacionamento. Por sua vez, exigirá o estabelecimento de alianças em clusters, onde participem os OEM (fabricantes de veículos) como tratores, companhias de seguro e companhias tecnológicas como fornecedoras da plataforma IoT que suporta o modelo”, opina Miguel Ángel Gonzalez San Román, diretor de Soluções Digitais na Minsait.
Algo semelhante acontecerá no âmbito de seguros para o Lar Conectado (Smart Home), onde as seguradoras aspiram se tornar um player do ecossistema sobre o qual são suportados os serviços, reinventando a segurança do lar. Além disso, a análise da informação solicitada por meio dos sensores permitirá segmentar o perfil de risco e oferecer preços mais competitivos.
Por sua parte, o estudo também destaca a tendência de crescimento do ciber seguro como oportunidade de negócios para as companhias na medida em que consigam se diferenciar na prestação de serviços que abrangem desde a avaliação do ciber seguro de seus segurados para dar uma cobertura e prêmios adaptados às suas necessidades e ciber capacidades, até os serviços preventivos e forenses vinculados com a gestão do sinistro.
Por fim, no âmbito de Smart Health, as seguradores e seus fornecedores também estão avançando a novos modelos de serviço para reduzir custos e melhorar a experiência do paciente, como a vídeo-consulta e serviços de autogestão inovadores baseados em volumes de informação compartilhada (citações, acompanhamento de pacientes, weareables, sensores, etc.)
Para acessar o relatório completo: https://www.minsait.com/es/whats-new/insights/el-sector-del-seguro-la-transformacion-hacia-el-risk-management-integral-y
Sobre a Minsait
Minsait (www.minsait.com) é a unidade de negócio da Indra que responde aos desafios que a transformação digital oferece a empresas e instituições. Sua oferta está direcionada à consecução de resultados imediatos e tangíveis. A Indra agrupou na Minsait sua carteira de soluções de tecnologia e consultoria no negócio digital, que a tornou uma das empresas líderes deste mercado na Espanha. A Minsait caracteriza-se por uma metodologia diferencial, uma ampla carteira de soluções de negócio, um modelo próprio e diferente de venda, entrega e suporte direcionado à geração de impacto e uma organização flexível baseada em equipes multidisciplinares, formadas por especialistas de perfis muito concretos. A Minsait completa a oferta dos demais vértices de alto valor da Indra, favorecendo o seu direcionamento para os negócios chave de seus clientes e, com isso, um motor para acelerar o crescimento da Indra.
Sobre a Indra
A Indra é uma das principais empresas globais de consultoria e tecnologia e o sócio tecnológico para as operações-chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. Possui uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina com uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades de seus clientes. A Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em campos como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Mídia; Serviços financeiros; e Administrações públicas e Saneamento. Por meio de sua unidade Minsait, a Indra responde aos desafios que a transformação digital apresenta. No exercício de 2016 teve entradas de 2,7 bilhões de euros, 34.000 funcionários, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.