• Os mercados internacionais aumentam 17%, enquanto o nacional caiu 3%. As vendas internacionais representam quase 50% do total
  • As vendas totais aumentaram 5%. Sem as aquisições no Brasil e em Itália, o crescimento foi de 3%
  • O resultado atribuível, após as aquisições, caiu 4%. Sem este efeito, seria de ligeiro crescimento.

 

Num contexto de deterioração macroeconómica ao longo do ano passado, a Indra cumpriu cada um dos seus objetivos em 2011 e reforçou a sua posição competitiva, principalmente através de um aumento do peso de seus negócios internacionais, alcançou um melhor posicionamento nos mercados com elevado potencial de crescimento e um compromisso claro de investimento tecnológico para manter a sua oferta competitiva. A empresa compensou a fraqueza no mercado interno através de um aumento notável da sua atividade internacional.

Em 2011, as vendas ascenderam aos 2.688 M €, representando um crescimento de 5% face ao ano anterior, valores acima do previsto.  Este valor inclui o impacto da aquisição das empresas brasileira Politec e  italiana  Galyleo.  Sem avaliar estas aquisições o crescimento foi de 3%.  As vendas internacionais aumentaram 17%, enquanto no mercado espanhol caíram 3%.Face a esta realidade, a actividade internacional representa quase metade das vendas pró-forma.

A contratação em 2011 atingiu 2.976 M €,  mais 11% do que as vendas, o que representa um crescimento de 3% face ao ano anterior.  A actividade comercial internacional é uma das principais alavancas do crescimento da empresa,  tendo obtido feitos importantes como o projeto para o desenvolvimento do comboio de alta velocidade da linha entre Meca e Medina na Arábia Saudita, o projeto de modernização da gestão do tráfego aéreo de Omã,  a modernização da saúde de Bahrein ou contratos de energia relevantes na América Latina.

A carteira de encomendas para 2011 aumentou 13% para 3.268 M €, o equivalente a 1,22 x vezes as vendas do período.

A margem EBIT recorrente situou-se em 10%, em linha com a previsão anunciada.

O resultado atribuível no ano passado atingiu 181 M €,  menos 4% que em 2010.  Sem o efeito das aquisições da Galyleo e da Politec, o resultado teria sido de 191 M €.

Crescimento de dois dígitos internacional

Os mercados internacionais continuam a consolidar-se como o motor de crescimento da empresa para além das expetativas anunciadas no início do ano, com um aumento de 17%. A aposta estratégica da empresa para a Ásia/Pacífico teve como resultado em 2011 um crescimento de 18% neste mercado, assim como de 30% na América Latina.

Quanto às vendas por mercados verticais, é importante destacar todos, exceto o da Segurança e Defesa que registou uma queda de 14%. Os restantes tiverem um desempenho muito positivo:  Telecom & Media cresceu 24%, Energia e Indústria 12%, Administração Pública e Saúde 9%, Transportes e Tráfego 8% e Serviços Financeiros 5%.  

Objetivos para 2012 e previsões a médio prazo

Em 2012, a Indra espera manter a tendência de crescimento e uma elevada rentabilidade, apesar das dificuldades e incertezas da economia em geral e no contexto do mercado de tecnologias que continua a manter uma forte pressão sobre os preços e um crescente nível concorrencial.  Os mercados internacionais, principalmente os emergentes,  voltarão a ser o motor de crescimento, representando no fim do ano mais de metade das vendas da empresa.  No entanto, a melhoria alcançada nos últimos exercícios tanto em oferta como em mercados geográficos com potencial, permitirão à Indra permanecer na senda do crescimento e rentabilidade, tanto a curto como a médio prazo.

Com o objetivo de promover as mudanças necessárias para recuperar a rentabilidade operacional da empresa e melhorar sua posição competitiva,  a Indra prevê custos extraordinários em 2012 e 2013 abaixo de 1% e de 0,5% das vendas previstas para cada ano, respetivamente.

Em concreto a Indra pretende alcançar os seguintes objetivos entre 2012 e 2014:

  • O crescimento das vendas para 2012 entre 6,5% e 7,5%, diminuindo a um nível de um dígito no mercado espanhol e crescendo a taxas relevantes para os mercados internacionais. Durante os próximos dois anos, esperamos uma recuperação gradual do mercado interno e a manutenção de um crescimento significativo no mercado internacional.  Tendo em conta esta realidade, o crescimento total será positivo em cada um dos anos do período 2012-2014.
  • O rácio de crescimento face às vendas será superior a 1x em cada ano, conduzindo a um reforço ano a ano da carteira de encomendas.
  •  A margem EBIT recorrente em 2012 situar-se-á entre 8% e 9%, recuperando-se gradualmente para níveis em torno de 10% em 2014.
  • Manutenção dos níveis de capital circulante líquido num intervalo de 110-100 dias de vendas equivalentes, situando-se na extremidade inferior do intervalo de período.
  • Uma redução do volume de investimentos líquidos, materiais e imateriais, atingindo um nível de 65-75 M € por ano.

Principais Movimentos

A tabela a seguir mostra os principais movimentos do período:

INDRA

2011 (M€)

2010 (M€)

Incremento (%)

Contratação

2,975.8

2,882.0

3

Vendas

2,688.5

2,557.0

5

Carteiras de pedidos

3,230.9

2,899.2

11

Margem EBIT (antes dos custos extraordinários)

10.0%

11.2%

(1.2) pp

Custos extraordinários

--

(33.4)

na

Resultados de exploração (EBIT)

267.8

251.9

6

Margem EBIT

10.0%

9.9%

0.1 pp

Resultado atribuído

181.0

188.5

(4)

Divida Liquida

513.6

274.9

87

 

 

A Indra

A Indra é a multinacional de Tecnologias de Informação número 1 em Espanha e uma das principais empresas do setor na Europa e América Latina. No ranking europeu do setor, está em segundo lugar em investimento em I+D (Investigação e Desenvolvimento), com cerca de 500 milhões de euros investidos nos últimos três anos. As vendas em 2009 ascenderam a 2513 milhões de euros, com a atividade internacional a representar cerca de 40% deste montante. A Indra conta atualmente mais de 30 mil profissionais, detendo clientes em mais de 100 países.

Em Portugal desde 1997, a Indra tem atualmente uma equipa de 400 colaboradores com elevada especialização. As suas principais áreas de atuação são a Consultoria Tecnológica, Desenvolvimento e Gestão de Projetos, Outsourcing, Segurança e Redes, em clientes que se dividem por distintos setores estratégicos tais como Transportes e Gestão de Tráfego, Defesa e Segurança, Telecomunicações e Media, Administração Pública e Saúde, Finanças e Seguros, Energia e Utilities e Indústria e Comércio e Serviços.

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