- A mudança na base reguladora propiciará a aparição de novos concorrentes e modelos de negócio
- Os clientes brasileiros não mostram grande disposição a compartilhar informação a mudança de melhores produtos e serviços financeiros e vantagens comerciais, ainda mais sem ter clareza sobre os benefícios obtidos como contraprestação à cessão de dados
- O usuário prefere a segurança nas compras online e está acostumado aos sistemas de autenticação de duplo fator. Destes, os SMS com chave específica foram utilizados por 63,6% dos brasileiros, já as soluções biométricas de autenticação são utilizadas por 27,6% dos compradores online
A Indra, uma das principais companhias globais de consultoria e tecnologia, apresentou o relatório Indra-Tecnocom de Tendências em meios de pagamento 2017, que foi realizado por meio de sua filial Tecnocom, com a colaboração de analistas financeiros internacionais e contando com as opiniões de inúmeros diretores do setor bancário e especialistas em meios de pagamento de diferentes países.
O relatório destaca que 2018 será o ano no qual a transformação digital provocará a aparição de soluções disruptivas relacionadas à indústria de meios de pagamento.
Para esta onda de interrupção contribuirá de forma decisiva a mudança na base reguladora propiciará a aparição de novos concorrentes e modelos de negócio No Brasil, a curva de investimento fintech registrou um rápido crescimento a partir da promulgação da Lei 12.865 de 2013.
Para tanto, o relatório sinaliza que é fundamental conhecer como as inovações em pagamentos, unidas ao aumento da pressão competitiva pelo impulso regulador e novos agentes, modificarão substancialmente o modo com qual pagamos cotidianamente.
O relatório indica que o ritmo com o qual as entidades fornecedoras de serviços de pagamento enfrentarão a transformação digital dependerá de tendências externas (avanços tecnológicos, impulso regulador e intensificação sem precedentes da concorrência), bem como de fatores internos, tanto de indústria quanto de estratégia institucional. E explica que, no mundo dos pagamentos, o back-office, as infraestruturas, as câmeras de compensação e liquidação e as normas ou acordos de indústria que determinam as relações interbancárias são elementos fundamentais.
Ao repassar as tendências futuras da indústria, o relatório destaca que os clientes não mostram grande disposição para compartilhar informação, mas, ainda sem ter clareza em relação aos benefícios obtidos como contraprestação a tal cessão de dados.
A opinião dos especialistas aponta que para estimular os clientes a ceder dados pessoais (de caráter financeiro e outros) em troca de melhores produtos e serviços financeiros e/ou vantagens oferecidas em contraprestação, deverão ser claras, relevantes e bastantes, que justifiquem tal cessão ou compartilhamento de dados sensíveis e sempre com todas as garantias de proteção e uso adequado e acordado entre as partes.
Sobre as fintech, o relatório sinaliza que a América Latina mostra um bom grau de disposição a aceitar estas novas companhias tecnológicas, tanto em relação aos serviços de informação e de análise que oferecem ou supõem oferecer (consultas, data analytics), como na eventual oferta de produtos e serviços financeiros (ou seja, com impacto monetário).
O mercado brasileiro de meios de pagamento em 2016
O relatório Indra-Tecnocom de Tendências em Meios de Pagamento 2017 analisa de forma detalhada o desenvolvimento em 2016 da indústria de meios de pagamento, tanto no Brasil quanto em outros países da América Latina e Europa
Em relação aos clientes brasileiros, estes não mostram grande disposição a compartilhar informação a mudança de melhores produtos e serviços financeiros e vantagens comerciais, ainda mais sem ter clareza sobre os benefícios obtidos como contraprestação à cessão de dados
O usuário prefere a segurança nas compras online e está acostumado aos sistemas de autenticação de duplo fator. Destes, os SMS com chave específica foram utilizados por 63,6% dos brasileiros, já as soluções biométricas de autenticação são utilizadas por 27,6% dos compradores online.
Além disso, no Brasil, o valor dos pagamentos com cartão aproxima-se do das retiradas em caixas eletrônicos (ATM), representando 84%. O número de operações com cartões de débito no ponto de venda aumentou 10,1% em 2016, e as registradas com cartão de crédito cresceram 6,2% este ano. Além disso, o valor das retiradas com cartão em ATM aumentou 0,5% em moeda local.
O número de operações com cartão de débito (sem distinguir pagamentos e retiradas), cresceu 4,5%. Na modalidade de crédito, o aumento foi de 6,2% em 2016.
O uso do cartão de débito (sem distinção entre pagamentos e retiradas) este em 32 transações por cartão/ano, 4% a mais que em 2015. O dos cartões de crédito alcançou as 39 transações por cartão em 2016, em comparação com as 34 de 2015.
Mais dados deste relatório em:
Indra no Brasil
Presente no Brasil desde 1996, a Indra é uma das principais companhias de tecnologia, consultoria e outsourcing do país. Conta com escritórios distribuídos nos principais estados brasileiros, quatro Centros de Produção e uma oferta diferenciada de soluções e serviços de alto valor agregado que atendem as necessidades dos principais setores da economia.
Sobre a Indra
A Indra é uma das principais companhias globais de consultoria e tecnologia e o parceiro tecnológico para as operações-chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. É uma provedora líder mundial de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de Transporte e Defesa, e a empresa líder em Tecnologias da Informação na Espanha e na América Latina. Dispõe de uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades de seus clientes. A Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em áreas como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Mídia; Serviços Financeiros; Processos Eleitorais, e Administração Pública e Saúde. Por meio da sua unidade Minsait, a Indra responde aos desafios que supõe a transformação digital. No exercício de 2016, teve receitas de 2.709 milhões de euros, 34.000 funcionários, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140. Após a aquisição da Tecnocom, a Indra somou receitas conjuntas de mais de 3.200 milhões de euros em 2016 e uma equipe de cerca de 40.000 profissionais.