- O excelente estado técnico e científico da missão permite ampliar as operações e a exploração científica até 2017, com a possibilidade de ser prorrogado até 2019.
- A Indra, companhia que liderou o desenvolvimento do segmento usuário, se responsabilizou pela manutenção desde o início das operações em 2010.
- As melhorias geradas pela Indra na plataforma de reprocessamento de SMOS facilitarão o reprocessamento de todos os dados da missão, desde o início, a fim de obter uma maior qualidade.
A Agência Espacial Europeia prorrogou o contrato de manutenção e evolução do segmento de usuário da missão SMOS (Soil Moisture & Ocean Salinity) até 2017, o qual a Indra é responsável. O serviço poderá ser prorrogado posteriormente por mais dois anos, até 2019, por conta da evolução do programa.
O segmento usuário do satélite SMOS de estudo do ciclo da água na Terra está situado na Agência de Astronomia Espacial Europeia (ESAC), em Villafranca del Castillo (Madri).
O satélite desta missão foi lançado no espaço em novembro de 2009 com um tempo de vida útil inicialmente previsto de 3 anos, porém seu excelente estado técnico e científico permitiu ampliá-lo.
A Indra, como a companhia que liderou o desenvolvimento do segmento usuário de SMOS, se responsabilizou pela manutenção corretiva e preventiva desde o início das operações em junho de 2010. Para este trabalho, são somadas as tarefas de engenharia realizadas as quais permitiram gerar grandes melhorias nas cadeias de processamento e reprocessamento a fim de gerar produtos de maior qualidade.
Neste sentido, com o suporte da companhia, a implantação de uma nova versão de software, ou baseline, foi recentemente concluída com sucesso em todos os elementos do segmento de usuário. Esta atualização permitirá gerar dados de maior qualidade com os quais serão obtidas imagens mais precisas da distribuição dos valores de umidade e salinidade no planeta.
Para incluir o novo software, a Indra realizou testes prévios na plataforma de integração e manutenção existente nas instalações de San Fernando de Henares, antes da inclusão da nova versão no centro de Villafranca.
Com a nova baseline já implantada, foi lançada uma campanha de reprocessamento de todos os dados coletados pelo satélite desde o início da missão.
Esta tarefa complexa será realizada em uma plataforma de reprocessamento específica implantada pela Indra que evita que este trabalho afete a plataforma de processamento nominal, a principal da missão e a qual processa os dados a medida que o satélite os envia.
Este centro de reprocessamento está baseado no mesmo software utilizado pelo centro nominal, porém a Indra fez melhorias as quais possibilitam reprocessar os dados SMOS entre 12 e 30 vezes mais rápido, dependendo do nível do produto final exigido.
Dentro do novo contrato de manutenção a ser celebrado com a ESA, a Indra abordará melhorias adicionais para aumentar ainda mais esta velocidade de reprocessamento. Para isto, será habilitada a execução de várias ações paralelas de processamento.
Por outro lado, serão somadas a todas estas melhorias as novas ferramentas que a Indra implantará a fim de ajudar a equipe de Operações a gerenciar a plataforma de reprocessamento.
Além disso, o novo contrato inclui a melhoria da estação de aquisição de dados em banda X em ESAC e uma melhoria do sistema de monitoramento e controle da estação que faz o controle da antena para o recebimento dos dados.
Indra, líder em SMOS
A Indra liderou a equipe industrial que desenvolveu todo o segmento usuário da missão SMOS. Este segmento é o responsável por receber os dados coletados pelo satélite e deve tratá-los fazendo cálculos complexos, a fim de inferir os níveis de salinidade e umidade e obter, assim, as imagens que mostram a distribuição destes valores.
Além disso, a Indra se responsabilizou diretamente pelo desenvolvimento de vários subsistemas chave para a missão, entre os quais consta uma das duas estações de recebimento dos dados do satélite e o sistema de arquivamento, distribuição, gestão da produção e monitoramento do centro.
Indra
A Indra é presidida por Fernando Abril-Martorell, é a multinacional de consultoria e tecnologia número um na Espanha e uma das principais da Europa e América Latina. A companhia é a sócia tecnológica global das operações comerciais importantes de seus clientes. Oferece soluções comerciais, serviços de Tecnologias da Informação e sistemas integrados para clientes em todo o mundo. A Indra possui um modelo de negócio diferencial baseado em suas próprias soluções (cerca de 65% do total de suas receitas em 2014) com clientes líderes em indústrias e regiões importantes. No exercício 2014 teve receita de 2,938 bi de euros (cerca de 60% de suas vendas são internacionais), 39.000 funcionários, presença local em 46 países e projetos em mais de 140 países. A companhia desenvolve uma oferta de tecnologia em soluções e serviços para operações em várias indústrias, como Energia e Indústria; Serviços Financeiros; Telecomunicação e Mídia; Administrações Públicas e Saúde; Transporte e Tráfego; e Segurança e Defesa.