- A quarta revolução industrial chegou às Forças Armadas de todo o mundo, que estão transformando de forma rápida seus processos logísticos para avançar à sustentação 4.0
- O custo de manutenção de plataformas e sistemas é muito superior ao de aquisição, de forma que é neste âmbito que um exército pode ganhar maior eficácia
- Os sistemas e plataformas terão um comportamento cada vez mais humano graças às novas tecnologias: poderão sentir, compreender, atuar e aprender
A Indra trabalha na transformação digital das Forças Armadas e avança na introdução do conceito de Indústria 4.0 para melhorar a gestão logística do ciclo de vida de sistemas e plataformas, uma revolução que permitirá que as aeronaves de última geração diagnostiquem seu estado de “saúde” em tempo real, sem intervenção humana, e lancem todas as operações de manutenção necessárias para que estejam preparadas para sua missão seguinte.
O diretor de Logística de Defesa e Veículos Aéreos da companhia, José Manuel Sánchez Serrano, explicou no Aerospace & Defense Meetings-ADM Sevilla 2018 que “a revolução dos processos logísticos está indo de forma rápida e inevitável para a sustentação 4.0, com a aplicação do conceito de Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial no setor de defesa”.
Esta nova realidade não só fará com que as aeronaves monitorem seu próprio estado, mas também conhecerão o entorno da missão na qual vão intervir e o considerarão para se preparar para decolar no momento previsto.
A manutenção será mais preventiva: os sistemas de inteligência artificial processarão grandes volumes de informação para determinar o período de vida de cada um dos seus componentes. Evitarão a sobremanutenção e os elevados custos que levam, lançarão ações de manutenção antes que se produza a falha e escolherão as avarias que reduzem a disponibilidade e a operação de um exército.
Além disso, os processos de aquisição serão inteligentes, atuando de forma antecipada às necessidades, com uma organização proativa. Todos os atores que intervêm no processo de aquisição estarão integrados e o sistema oferecerá rastreio ponta a ponta e inteligência logística ao longo de toda a cadeia de fornecimento.
Alcançar todas estas capacidades exigirá um grande trabalho de pesquisa e coordenação, por meio do uso das tecnologias mais inovadoras: big data e data analytics, machine Learning, sistemas ciber-físicos, Smart-Logistics, Integração e novas comunicações. Além disso, a Indra está incorporando um novo conceito operacional, no qual as atuações dos sistemas praticamente adquirem um comportamento humano: são capazes de sentir, compreender, atuar e aprender.
As plataformas serão capazes de coletar informação de forma autônoma e emitir recomendações básicas de manutenção; explorar e cruzar dados com outros sensores, equipamentos e com o próprio entorno; trocarão informação com o restante da frota, fabricantes e fornecedores; e por fim executarão ações e observarão as reações produzidas para aprender e retroalimentar o sistema.
A sustentação dos sistemas e plataformas de um exército é um dos fatores-chave que garantem o sucesso ou fracasso de qualquer missão. Implica, além disso, em custos elevados, muito acima dos que exige a própria aquisição da plataforma, de forma que é também o terreno no qual os exércitos têm maior margem para ganhar eficácia.
Trata-se, além disso, de uma atividade especialmente árdua, já que as aeronaves de combate são sistemas muito mais avançados tecnologicamente, com requisitos operacionais muito altos e que se submetem a um estresse máximo quando em serviço. Muitas operações militares desenvolvem-se, além disso, em zonas remotas, onde a logística é muito complexa.
Além do setor aeronáutico, a Indra já incorpora o conceito de indústria 4.0 em alguns dos sistemas que entregou ou está desenvolvendo para o Ministério da Defesa Espanhol. O sistema de gestão do campo de batalha (BMS) que implantou nos veículos e carros de combate do Exército incorporam as primeiras capacidades deste tipo para comunicar avarias e lançar em tempo real e de forma autônoma toda a gestão logística para sua reparação. O futuro sistema de missão que a companhia desenvolve para os blindados sobre rodas VCR 8X8 também terá sistemas de autodiagnóstico e conectividade total com outros equipamentos e veículos.
Sobre a Indra
A Indra é uma das principais companhias globais de tecnologia e consultoria e o sócio tecnológico para as operações-chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. É um fornecedor líder mundial de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de transporte e defesa e a empresa líder em tecnologias da informação na Espanha e América Latina. Possui uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina com uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades dos seus clientes. A Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em campos como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Mídia; Serviços Financeiros; Processos Eleitorais; e Administrações Públicas e Saúde. A Minsait é a unidade de negócio de transformação digital da Indra. No exercício de 2017, a Indra teve entradas de 3,01 bilhões de euros, 40.000 funcionários, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.