- Conforme um estudo realizado pela companhia, a partir de sua experiência neste tipo de projetos, suas soluções e serviços neste âmbito ajudaram a alcançar reduções absolutas anuais de quase 5% com retornos de investimento inferiores a um ano
- Os sistemas de analítica avançada da Indra permitem detectar 70% da fraude real, inspecionando somente 10% dos fornecimentos com maior probabilidade de fraude
As soluções e serviços da Indra para reduzir a perdas não técnicas (ou comerciais) de energia nas empresas utilities (energia, água e gás), ajudaram a alcançar reduções absolutas anuais de quase 5%, o que resultou, em função do tamanho da companhia, em valores que superaram os 170 milhões de euros anuais. Além disso, os retornos do investimento feito nesse processo, como nos casos da implantação de soluções contratação de serviços ou inspeções, foram inferiores a um ano.
Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Technical and non-technical Energy Losses Control: making electricity more affordable and accesible while reducing costs”, realizado pela companhia a partir dos projetos que desenvolveu em mais de vinte utilities da Europa, América Latina e África. O relatório destaca que cada projeto destinado a garantir as entradas requer um enfoque específico, adaptado às necessidades de cada empresa, o que torna fundamental definir as características e origem das perdas e implementar ações efetivas para sua redução em curto prazo, a fim de obter resultados rápidos e implantar políticas sustentadas no tempo.
“As perdas comerciais podem supor até 40% das perdas totais de energia e estão normalmente associadas a diferentes fatores como as conexões ilegais ou manipulações, dificuldades na medição do consumo real ou ineficiências nos processos internos de contratação, leitura e faturamento de cada empresa”, afirma Juan Prieto, gerente de controle e modelo de energia na Indra.
Por isso, a oferta da Indra inclui serviços e ferramentas que permitem realizar um diagnóstico fidedigno da causa das perdas, desenhar, na medida das atuações de recuperação em função desse diagnóstico e monitorar seu impacto melhorando sua aplicação. No caso do InGRID.ECL, um sistema que facilita o monitoramento e o controle contínuo das perdas de energia por meio da rede de distribuição, bem como o impacto dos planos de recuperação; os serviços de consultoria da Revenue Assurance para o diagnóstico preciso das causas das perdas e otimização dos planos de redução; e, por fim, os sistemas de análise preditiva, que estimam o risco de fraude e dívida dos clientes por meio da combinação de diferentes fontes de informação, como os dados históricos de consumos, caracterização do fornecimento e enriquecimento de dados sócio-demográficos do entorno.
Estes sistemas realizam balanços energéticos de forma contínua e sistemática em toda a rede que, combinados com módulos avançados de análise e visualização, permitem fazer um acompanhamento permanente da distribuição das perdas e sua evolução temporal; desde os níveis de alta e média tensão até o nível de cliente, onde identificam possíveis usos fraudulentos em função de seus padrões de consumo.
Âmbitos tão complexos como a identificação da fraude em entornos rurais de difícil acesso levaram a Indra a combinar serviços analíticos avançados com tecnologias de imagens satélites, drones ou informação cadastral para aumentar de forma muito substancial a precisão na identificação de embates e fraudes nestes entornos.
“Entender as características da base de clientes da empresa e onde se pode criar uma nova fraude potencial é essencial para manter sob controle as perdas não técnicas. De fato, comprovamos que inspecionando somente 10% dos fornecimentos com maior probabilidade de fraude, detectam-se 70% da fraude real”, aponta Juan Prieto.
Um investimento rentável
O nível de entrada da companhia, o grau de acerto sobre as causas das perdas, a efetividade das ações estabelecidas para a redução ou o grau de maturidade da organização são os principais fatores que influenciam no sucesso deste tipo de projetos. “Com um nível de perdas de 40% é possível alcançar reduções em três anos de até 20%, mas, com um nível de 10% e o mesmo esforço, é possível chegar em três anos a 8%. Nossa experiência mostra que as utilities que contam com uma unidade especializada em redução de perdas estão obtendo retornos do investimento realizado em seis meses” explica Juan Prieto.
A Indra coleta em seu estudo dados que demonstram que, independente do tamanho dos mercados e do preço dos recursos utilizados para produzir energia, a redução das perdas tem um impacto significativo na rentabilidade. Como regra geral, quanto maior o custo das fontes de energia, maior será o efeito benéfico da redução de perdas não técnicas, devido ao efeito combinado do aumento das entradas e a diminuição dos gastos. A partir da sua experiência, a companhia comprovou que uma melhoria de 5% em perdas implica em um aumento de entradas entre 860 milhões a 4,3 bilhões de euros anuais para um mercado médio de 50 Terawatt/hora (50TWh), dependendo do preço da energia. Da mesma forma, essa mesma redução de perdas em um mercado de pequeno porte (7TWh), sugere um aumento nas entradas entre 20 e 60 milhões de euros.
A combinação correta de serviços e sistemas
Conforme estudo da Indra, a eleição correta para aplicar o investimento depende, sobretudo, do nível de maturidade da redução de perdas de energia e inclui uma ação combinada de soluções de software e serviços de consultoria para analisar os fatores subjacentes, identificar as mais importantes e onde ocorrem, estabelecer o processo para focar nas causas dos efeitos mais relevantes, a partir do ponto de vista econômico e aplicar a implantação das medidas e o acompanhamento posterior para quantificar os resultados alcançados.
Assim, por exemplo, uma companhia que aplica pela primeira vez um projeto deste tipo pode optar por utilizar uma plataforma na nuvem sob a modalidade SaaS (Software as a Service), a fim de limitar o investimento inicial de capital em infraestrutura e reduzir o prazo para obter os primeiros benefícios econômicos. Outra opção seria confiar na externalização de processos (BPO) para executar análise de negócios e estudar o mapa de fraude da rede antes de investir em um sistema e na formação de seu pessoal.
Por outro lado, uma utility com uma experiência mais ampla em políticas de garantia de entradas pode estar mais interessada em integrar uma ferramenta de análise de negócio em seu sistema de gestão comercial para elaborar um mapa de perdas mais ajustado e rastrear novos pontos de fraude. Além disso, qualquer ferramenta de dissuasão da fraude seria muito útil para uma empresa com uma porcentagem muito baixa de perdas não técnicas, como, por exemplo, câmeras CCTV, imagens de satélite e inspeção de instalações.
As soluções para energia da Indra foram implantadas em mais de 140 companhias de eletricidade, água, petróleo e gás de mais de 45 países. Atualmente, mais de 100 milhões de clientes a nível mundial foram gerenciados utilizando os sistemas desenvolvidos pela multinacional de consultoria e tecnologia.
Sobre a Indra
A Indra é uma das principais companhias globais de consultoria e tecnologia, a empresa líder em tecnologias da informação na Espanha e o sócio tecnológico para as operações-chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. Possui uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina com uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades dos seus clientes. A Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em campos como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Mídia; Serviços Financeiros; Processos Eleitorais; e Administrações Públicas e Saúde. Por meio da sua unidade Minsait, a Indra responde aos desafios que a transformação digital desenvolve. No exercício de 2016, a Indra teve entradas de2,7 bilhões de euros, 34.000 funcionários, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países. Após a aquisição da Tecnocom, a Indra soma entradas conjuntas de mais de 3,2 bilhões de euros em 2016 e uma equipe de cerca de 40.000 profissionais.